segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Texto de Paty

Enzo, meu príncipe. Tá chegando o dia de seu aniversário. Dois aninhos, né véio? Olha só que presente lindo sua tia Paty mandou pra você – embora você só vá lê-lo daqui a algum tempo. Te amo, lindo!

Para Enzo:

Conheci Daniel ainda molecote, com uns 6, 7 anos. Naquela época já era uma figurinha, cuja presença não passava despercebida. Lembro dele usando um kimono, voltando de carro, com seu avô Zé, das aulas de karatê. Eu e Toni (então namorados) conversávamos na varanda da casa deles em Nazaré e ele chegava falando pelos cotovelos, embolando a voz, tentando contar que, no final de semana haveria uma competição para mudança de faixa.

Achei seu pai um menino engraçadíssimo! Os anos foram passando, eu saí de Nazaré e meu convívio com Daniel deixou de existir. Quase nove anos nos separam, além disso, minha convivência sempre foi maior com seus tios Toni e Mile.

Em 97, aniversário de Jamile e chá de fraldas de Malu, revi Daniel depois de muito tempo. E aí levei um susto: o garoto gorduchinho crescera, perdera peso e se tornara um belo rapaz, que além de bonito era “tirado a sedutor”. Digo “tirado” porque jamais levaria a sério a paquera de um menino que vi crescer.

Em 1999, Jamile veio morar em nossa casa, em Salvador, e isso acabou reaproximando nossas famílias. As visitas de Toni e Daniel se intensificaram, a presença da pequena Malu também, os feriadões na ilha, os “aprontes” em Nazaré, as farras e bebedeiras estreitaram ainda mais nossos laços.

Daniel, agora chamado de Dida, trazia alegria, tinha sempre uma solução “não muito ética”, que todo mundo adorava. Ele parecia não ter medo, era ousado. Ou então era a irresponsabilidade própria da idade mesmo.

Quando Dida passou no vestibular, tia Marinice e Zé compraram o apartamento deles e entre lágrimas, Jamile nos deixou. Dida ajudou a carregar as muitas malas da irmã naquela tarde e nossos encontros se escassearam. A partir de então nos encontrávamos nas festinhas familiares.

Não pude ir ao casamento de seus pais, mas fui, já com Bento, ao seu chá de fraldas. Dida parecia animadíssimo com a sua chegada e a feijoada estava maravilhosa.

Pequeno Enzo (talvez não tão pequeno quando ler esse texto), a última vez que vi seu pai, ele estava com você nos braços, em frente ao Ponto 10, numa tarde de Semana Santa, em Nazaré. Ele e sua mãe transbordavam de felicidade por terem sido presenteados com sua chegada. Exibiam orgulhosos aquele bebê lindo, de 7 ou 8 meses: você!

Não tenho nenhuma lembrança ruím de Dida, e essa última me deixou a impressão de um homem maduro, amoroso, vivendo para sua família.

Seja feliz, menino Enzo. Seu pai foi um presente para todos nós!

2 comentários:

  1. Meu Biscoito, essa tia que escreveu esse lindo texto, Tia Paty Michele, é uma das pessoas mais especiais e verdadeiras que eu já conheci na minha vida. Sua Tia Mile, já passou por momentos que não teve onde morar, e foram ela e Leda (mãe) que me ajudaram, abriram as portas da casa e dos corações delas, me deram um lar, me acolheram, foram uma família de verdade... Ao lado delas passei uma das melhores fases da minha vida. Quando passei a morar com seu pai, sair de lá cheia de saudade, gratidão e com a certeza de um dia poder rettibuir todo o bem que me fizeram. Espero que você, o filho dela: Bento e Marina perpetuem essa amizade de vidas passadas.

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  2. Mile, que lindo. Nossas vidas estão imbricadas e pra mim será uma felicidade se meu filho puder compartilhar da amizade de Marina e Enzo
    Tenha certeza que pra mim e mainha foi uma alegria imensa tê-la em nossa casa por aquele breve período.

    bjão, amiga!

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